terça-feira, 6 de março de 2012

Palavras


Palavras ao vento,
sonhos inalcançáveis,
coração palpitante,
vida desperdiçada.

Lágrimas que caem,
mente que sofre,
mãos úmidas,
corpo tremulo.

Olhar vazio,
sorriso entristecido,
tempo que passa,
marcas que ficam.

Força que buscamos,
sentimentos que criamos,
máscara que colocamos
luta que enfrentamos.

Eduardo Souza

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Proibida



Proibida

Olhos que encantam,
boca que fascina,
pele de boneca,
perfume de flores...

Proibida

Luz que ilumina
os olhos
sol que aquece
o coração
lua e estrela que guiam
o caminho...

Proibida

Seu toque
estremesse,
seu jeito doce
apaixona...

Proibida

Menina linda,
culta e inteligente,
ingenua e segura
fascinante e apaixonante...
mulher madura
e centrada.

Proibida

Do seu lado
sou tudo
sem você
sou nada

Proibida

Você é tudo
que um homem
gostaria de ter,
Você é tudo
que eu
gostaria de ter,

Proibida

Você é um sonho
e eu sou a realidade
você é meu sonho,
e eu não sou
a sua realidade.
Porque simplesmente
você é a menina,
a mulher...
Proibida

Eduardo Souza

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012


O homem pensa.
A mulher sonha.

Pensar é ter cérebro.
Sonhar é ter na fronte uma auréola.

O homem é um oceano.
A mulher é um lago.

O oceano tem a pérola que embeleza.
O lago tem a poesia que deslumbra.

O homem é a águia que voa.
A mulher, o rouxinol que canta.

Voar é dominar o espaço.
Cantar é conquistar a alma.

O homem tem um farol: a consciência.
A mulher tem uma estrela: a esperança.

O farol guia.
A esperança salva.

Enfim, o homem está colocado onde termina a terra.
A mulher, onde começa o céu!!!

Victor Hugo by Eduardo Souza

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012


A Idade de Ser Feliz
" Existe somente uma idade para a gente ser feliz. Época da vida de cada pessoa em que sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realizá-los a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.
Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente e desfrutar tudo com toda intensidade sem medo nem culpa de sentir prazer.
Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida à nossa própria imagem e semelhança e vestir-se com todas as cores e experimentar todos os sabores e entregar-se a todos os amores sem preconceito ou pudor.
Tempo de entusiasmo e coragem em que todo desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo novo e de novo e quantas vezes for preciso.
Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se "presente"... e tem a duração do instante que passa. "

(Mário Quintana)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Você...


Você...
Menina...mulher,
de olhar penetrante,
sorriso ingênuo,
mãos delicadas,
cheiro estonteante...

Você...
pessoa cativante,
jeito de anjo,
protetora e fascinante,
sensível e intrigante...

Você...
dedicada e aplicada,
linda e apaixonante,
delicada e de coração puro,
sem maldade...

Você...
encanta com suas atitudes,
embeleza o ambiente,
trás entusiasmo por onde passa...

Você...
de sonho,a realidade,
mas que fica apenas como
um sonho,
pois não está na realidade...

Você...
que faz parte de um todo,
mas ao mesmo tempo,
difícil de te encontrar,
nesse todo...

Você...
ilumina os caminhos,
abre as portas da esperança,
trás segurança,
faz sorrir,
faz chorar...

Você...
sinônimo de confiança,
ousadia e perseverança,
faz enxergar,
passado imutável,
presente realístico,
futuro esperançoso...

Você...
que faz o bem,
que traz alegria,
espanta a tristeza...

Você...
ao mesmo tempo,
é tudo,
e nada,
pois está na imaginação...

Você...
mesmo que fazendo parte,
de uma realidade imaginária,
se transforma num sonho,
que todos nós,
gostaríamos de ter...

Você...

Eduardo Souza

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Amar....

Amar é para poucos



Você já esteve apaixonada por algém incapaz de gostar?

A capacidade de amar, assim como a coragem ou a inteligência, não é do mesmo tamanho em todos nós. Eu sou forçado a lembrar disso todo vez que converso com S., uma amiga de Brasília que é, possivelmente, a mulher mais apaixonada do mundo.
Quando falamos, na semana passada, ela estava em preparativos para um novo casamento. Conheceu o rapaz há poucos meses, está profundamente envolvida e, sem temor aparente, se prepara para iniciar uma vida comum. Não é a primeira vez que ela faz isso e é provável que não seja a última, mas, assim como no passado, avança para o casamento com a convicção tranquila de que, se alguma coisa der errada, não será por falta de amor, lealdade e dedicação da parte dela.
Ao contrário da minha amiga, que tem uma facilidade até exagerada de se vincular, muitos de nós sofremos do oposto: uma enorme dificuldade em criar ligações profundas e verdadeiras. O sintoma mais comum é que vivemos atormentados por dúvidas sobre a intensidade e a profundidade dos nossos sentimentos. Quem tem uma conexão emocional profunda não se pergunta a todo o momento se deveria seguir em frente ou tentar com outra pessoa.
Muitos acham difícil construir mesmo essa ponte precária em direção aos outros. Há pessoas para quem o ato de se entregar emocionalmente nem existe. Elas sentem-se de alguma forma isoladas mesmo sendo parte de um casal. Gostam, compartilham, respeitam, transam intensa e prazerosamente, mas não se sentem vinculadas. Há uma barreira invisível de privacidade que jamais é rompida. Persiste a sensação de que o outro é fundamentalmente um estranho. A delícia de sentir-se íntimo, que na minha amiga é natural como respirar, nunca foi experimentado de forma duradoura por milhões de pessoas.
Quando penso em mim e nas pessoas que conheço intimamente, me parece que existe uma progressão que vai dos apaixonados incondicionais às pessoas que não conseguem se vincular – e que a maioria de nós se encontra emocionalmente em algum ponto entre esses dois extremos. Temos graus variáveis de dificuldade para amar e sair de nós mesmos, mitigados por períodos de entrega e arrebatamento.
saiba mais
De qualquer forma, a ideia de que somos todos iguais diante do amor, e que a única dificuldade está em encontrá-lo, me parece falsa – ou pelo menos exagerada. Postos diante da possibilidade do amor, uns não conseguirão reconhecê-lo e outros terão impulso de afastar-se. Poucos serão capazes de abraçá-lo assim que ele virar a esquina. Somos diferentes também nisso.
Se pensarmos na dificuldade de se vincular como um problema, ele talvez seja mais comum entre os homens (embora eu conheça mulheres que também preferem manter-se a uma distância emocional segura). Quantos caras você conhece que trocam periodicamente de parceiras sem estabelecer um vínculo real com qualquer uma delas? Esse tipo de comportamento pode ser tanto o resultado de uma opção social quanto de uma deficiência emocional. Talvez haja alguma verdade no clichê rancoroso sobre “homens incapazes de amar”.
As causas dessas dificuldades são, para mim, insondáveis, mas me parece óbvio que o caos interior e a ansiedade em que boa parte de nós vive não ajuda a gostar de ninguém. Como criaturas tão atormentadas por seus próprios demônios conseguiriam reunir a atenção e a generosidade que o amor exige? É fácil proclamar-se apaixonado ou apaixonada a cada esquina, de forma imaginária e histérica. Mas manter um afeto duradouro na vida real exige mais do que pirotecnia e rock and roll. Exige sentimentos profundos que alguns de nós não são capazes de oferecer.
As consequências da dificuldade de amar são óbvias. A primeira é o sofrimento que ela impõe aos parceiros. É duro lidar com alguém que não está 100% ali. É chato confrontar-se com a hesitação de quem não sabe o que sente. Dói lidar com a aspereza de quem não consegue se coloca na pele do outro – ou não permite que o outro entre sob a sua própria pele.
É evidente, também, que gente com dificuldade em se entregar não tem relações satisfatórias. Para que elas existam, os laços afetivos têm de estar ancorados em algo mais sólido do que os nossos desejos imediatos, que variam de um dia para o outro. Mas a criação de laços duradouros não se faz por um ato de vontade. É preciso ser capaz de gostar, amar e confiar. É preciso sentir-se parte de algo - e alguns de nós, muitos de nós, não conseguem sentir-se parte de coisa nenhuma.

IVAN MARTINS
É editor-executivo de ÉPOCA