quarta-feira, 27 de julho de 2011

Existencialismo


favoritas "Existencialismo de Sartre"

“Não somos aquilo que fizeram de nós, mas o que fazemos com o que fizeram de nós”, ou ainda;
"O importante não é o que fazemos de nós, mas o que nós fazemos daquilo que fazem de nós." JEAN PAUL SARTRE (1905-1980).

...Antes de chegar nesta tão celebre frase, Sartre passou por toda uma construção anterior desse pensamento desembocando posteriormente no pensamento conhecido como existencialista. Em L´Imaginaire desenvolve um pensamento separativista da percepção e da imaginação, em L´Être et le néant contesta o subconsciente freudiano desvinculando-se do determinismo religioso,e no qual no decorrer da leitura vê-se o cerne da idéia posterior de responsabilizar o homem pelos seus próprios atos expondo a idéia de liberdade como um aprisionamento do ser (“Não somos livres de ser livres”) já que o homem é o único ser capaz de criar o nada:
“Ao tomar uma decisão, percebo com angústia que nada me impede de voltar atrás. Minha liberdade é o único fundamento dos valores.”
Desta forma gera no homem a angustia de saber que nada o impede de voltar atrás, o medo de arcar com sua própria liberdade. Assim, condenados a uma liberdade insatisfatória, jamais alcançando o que realmente desejamos sendo, portanto, uma liberdade irrealizável.
A Existência precede a essência?
Para o pensamento de Sartre Deus não existe, portanto o homem nasce despido de tudo, qual seja um ser que existe antes de poder ser definido por qualquer conceito, e que este ser é o homem, o que significa que o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e que só depois se define. Assim, não há natureza humana, visto que não há Deus para concebê-la, a única natureza pré-existente é a biológica, ou seja; a sobrevivência, o resto se adquire de tal forma que não vem do sujeito é ensinado a ele pelo mundo exterior.
Se Deus não existe não encontramos, já prontos, valores ou ordens que possam legitimar a nossa conduta. Assim não teremos justificativa para nosso comportamento. Estamos sós, sem desculpas.
É o que posso expressar dizendo que o homem está condenado a ser livre (pensamento desenvolvido em o ser e o nada). Condenado, porque não se criou a si mesmo, mas por estar livre no mundo estamos condenados a ser livres, mas se verdadeiramente a existência precede a essência, o homem é responsável por aquilo que é, ou seja;
“Não somos aquilo que fizeram de nós, mas o que fazemos com o que fizeram de nós”.
O homem é aquilo que ele mesmo faz de si, é a isto que chamamos de subjetividade. Desse modo, o primeiro passo do existencialismo é de por todo o homem na posse do que ele é e de submetê-lo à responsabilidade total de sua existência. Para o existencialista não ter a quem culpar já que Deus não existe, e o subconsciente não existe é o que leva ao pensamento da liberdade não livre, pois, junto com eles, desaparecem toda e qualquer possibilidade de encontrar valores inteligíveis, nem um modelinho pré-definido a ser cumprido.
A fórmula "ser livre" não significa "obter o que se quer", e sim "determinar-se a escolher". Segundo Sartre o êxito não importa em absoluto à liberdade. Um prisioneiro não é livre para sair da prisão, nem sempre livre para desejar sua libertação, mas é sempre livre para tentar escapar.
Sendo livres somos responsáveis por nossas ações consequentemente somos livres para pensar e conceber nossos próprios paradigmas, não sendo então aquilo que fizeram de nós e sim nos criando a partir do que fizeram de nós. Somos o que escolhemos ser.

Psicologia Humanista


De todas as abordagens psicológicas, a humanista é a que mais se assemelha à prática da terapia floral. Ambas são centradas no indivíduo, no seu momento e no seu conflito / desequilíbrio.
Um dos principais focos da terapia floral é a volta ao equilíbrio a partir do reconhecimento da sua singularidade e do retorno ao propósito de sua essência como indivíduo e suas realizações.
De certa maneira esse também é um dos focos da psicologia humanista que entende o indivíduo como um ser integral, digno na sua essência e o melhor qualificado para direcionar as suas transformações em busca do equilíbrio e plenitude.

Conceitos
Basicamente essa abordagem centra a terapia do indivíduo, no reconhecimento da sua auto-imagem, na sua necessidade de auto-realização e na sua qualificação para indicar o rumo das suas próprias mudanças. Ninguém melhor que o próprio indivíduo para reconhecer a si mesmo e decidir sobre o seu próprio caminho.
Os principais conceitos da abordagem humanista são:
. O reconhecimento de si compreendidos e descritos a partir das sua visão pessoal e subjetiva do mundo, sua percepção do Eu e dos seus sentimentos de valor próprio.
. As pessoas não são motivadas somente por impulsos básicos de necessidades fisiológicas ou de subsistência. Elas sentem necessidade de desenvolver as suas capacidades e os seus potenciais para alcançar a auto-realização, tirando o foco do controle do ego ou da adaptação ao meio.
. O significado e os valores do indivíduo devem ser os condutores centrais do processo, valorizando menos os métodos rigorosos ou até mesmo a objetividade na interpretação das observações.
. A dignidade da pessoa é o valor fundamental. O foco é compreender e não prever ou controlar indivíduos.
. O papel do terapeuta é atuar em ressonância àquele que é atendido enquanto o mesmo explora e analisa seus conflitos.

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