quarta-feira, 14 de setembro de 2011



Pesquisa comprova: chocolate faz bem ao coração

Alimento reduz aparecimento de doenças cardiovasculares e também os riscos de derrame, mas vale o alerta: em exagero, contribuiu para a obesidade


Agora é oficial: comer chocolate protege o coração (Medioimages/Photodisc)

Comer chocolate faz bem ao coração. Ao menos é o que indica uma pesquisa apresentada nesta segunda-feira no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, em Paris. De acordo com o estudo, o consumo do alimento está associado à redução, em um terço, dos riscos de doenças cardíacas. Além de reduzir em 37% as chances de males do coração, a ingestão de chocolate faz cair em 29% os riscos de acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame. Os especialistas alertam, porém, que o consumo deve ser feito com cautela - já que o chocolate pode levar à obesidade.

Pesquisas recentes já vinham mostrando que o consumo de chocolate tem uma influência positiva na saúde, em função de suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Isso incluiria a redução da pressão sanguínea e uma melhora na sensibilidade à insulina (um dos estágios de desenvolvimento do diabetes). As evidências de como o chocolate afetaria o coração, no entanto, ainda permaneciam obscuras.

Pesquisa - Para responder a essa pergunta, uma equipe da Universidade de Cambridge, coordenada por Oscar Franco, realizou um revisão em larga escala de evidências existentes até aqui. Eles pretendiam descobrir como o chocolate influenciaria problemas cardiovasculares, como o infarte e o derrame. Foram analisados os resultados de sete estudos anteriores, que envolviam mais de 100.000 participantes - que podiam ou não ter problemas cardíacos. Os dados foram divididos entre os grupos de pacientes que apresentavam o maior e o menor consumo de choocolate.

Dos sete estudos analisados, cinco apontaram uma relação benéfica entre o alto consumo de chocolate e os riscos cardiovasculares. Não foi encontrada nenhuma redução significativa em relação à insuficiência cardíaca e nem houve diferenciação do tipo de chocolate – como o ao leite ou amargo. A pesquisa incluiu o consumo de barras de chocolate, bebidas, biscoitos e sobremesas.

Precaução – De acordo com os pesquisadores, os resultados devem ser interpretados com cuidado. Isso se deve ao fato de que o chocolate vendido comercialmente hoje é muito calórico – cerca de 500 calorias para cada 100 gramas. O consumo exagerado pode levar ao ganho de peso, o que pode acabar facilitando o aparecimento de problemas como diabetes e doenças cardíacas.

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